Caminho de Santiago de Compostela - O Caminho Francês Original

sábado, 28 de março de 2009

Vai começar a temporada 2009...


Com o início da Primavera na Espanha inicia-se definitivamente a temporada de peregrinações deste ano, já que as temperaturas encontradas pelo caminho passam a ser mais toleráveis para quem faz uma atividade ao ar livre.
Não que não tenham malucos caminhando sob neve pesada, mas sem dúvida isso combina apenas com os mais apaixonados que desejam pagar mais pecados para obter seu perdão.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Autarquia pretende que o galo seja também conhecido como um prato típico português


"A câmara de Barcelos vai propor que o galo daquela cidade «seja considerado o símbolo de Portugal, mais do que o "Zé Povinho", de Bordalo Pinheiro, ou outro objecto», disse à Lusa a vereadora do Turismo.
A câmara está a levar o galo de Barcelos do barro para o prato em mais um fim-de-semana gastronómico dedicado ao galo assado, graças a um concurso que vai pôr 36 restaurantes a cozinhar apenas aquela ave.
«O Fim-de-Semana Gastronómico do Galo é uma das muitas actividades que estamos a desenvolver para o galo deixe de ser visto apenas como um objecto colorido de barro e seja também conhecido como um prato típico português», referiu Joana Garrido.
A lenda do Galo de Barcelos
A lenda que tornou famoso o galo de Barcelos, refere um peregrino que ia, a pé, a Santiago de Compostela.
Acusado de um crime que não cometeu, o peregrino usou, em sua defesa, um galo assado dizendo que era tão verdade ele estar inocente, como o galo cantar.
A história contada há centenas de anos diz que o galo cantou mesmo e que, a partir de aí, o barro que se encontra no solo daquela região começou a ser usado para fazer pequenos galos para os peregrinos.
«Os artesãos de Barcelos fazem milhares e milhares de galos que são vendidos em todo o mundo», salientou a vereadora do turismo.
Do barro, para o prato, em colaboração com a Região de Turismo Porto-Norte de Portugal, a autarquia quer «nacionalizar» o galo.
Em 2008, o prato vencedor foi elaborado na cozinha do restaurante «Pedra Furada».
«Um galo do campo, certificado, recheado com carnes picadas, assado em lume muito brando e cozinhado sem pressa», explicou António Herculano, um dos donos do restaurante.
Este ano, em apenas dois dias, 36 unidades de restauração apresentam a concurso pratos como «galo assado no forno», «galo na forca», «galo no churrasco», no «pelourinho», «galo albardado em espada flamejante», «com miúdos», «na púcara» ou um simples arroz «pica no chão».
A principal regra do regulamento gastronómico é que, tal como na lenda, o galo tem que «ir para a mesa inteiro», sem qualquer tipo de corte ou divisão.
«No fim-de-semana do galo, o número de turistas aumenta significativamente um pouco por todo o concelho», disse Joana Garrido.
Com o aumento do número de pessoas que, por devoção ou por desporto, percorrem o Caminho de Santiago (que termina em Santiago de Compostela, em Espanha, e passa por Barcelos), também os restaurantes já notam o número de clientes a crescer.
«O livro de visitas do Pedra Furada, em 2008, foi assinado por pessoas de mais de cinquenta nacionalidades», revelou António Herculano.
O galo, como prato da gastronomia minhota, já surge nos guias turísticos e gastronómicos.
«Temos clientes que são peregrinos e que fazem o percurso a pé. Mas, na hora de jantar, deixam os albergues ou os hotéis onde estão e vêm de táxi ao restaurante só para poder comer o galo assado», finalizou António Herculano."

segunda-feira, 16 de março de 2009

Estatísticas apontam um 2010 tumultuado


No último boletim da ACACS há uma boa estatística que foi elaborada a partir de dados recebidos do associado honorário, Acácio Paz, que é hospitaleiro brasileiro com albergue em Viloria de Rioja (Burgos, no “Caminho Francês”), além do uso de outras fontes, a partir do que conseguiram elaborar as seguintes tabelas:
"A importância da análise estatística, principalmente quando convertida em porcentagens, é perceber tendências do movimento peregrinatório e, a partir daí, melhor orientar os futuros peregrinos.
O “quadro 01”, ao exibir a distribuição de peregrinos ao longo dos meses do ano, revela uma maior concentração entre maio e setembro. Esta é uma tendência que se mantém relativamente constante ao longo do tempo, e tem por explicação as condições climáticas: a partir de outubro, os peregrinos passam a enfrentar mais frio e, no inverno, muitos albergues sequer funcionam. Para peregrinar no inverno o peregrino precisa contar mais com a infraestrutura hoteleira, o que lhe impõe gastos expressivos. O quadro também demonstra que, embora o número total de peregrinos tenha aumentado em cerca de 10% de um ano para o outro (de 2007 para 2008), esse aumento foi distribuído de maneira irregular ao longo dos meses do ano. Por exemplo: houve um número bem maior de peregrinos em MAR/08 do que no mesmo mês do ano anterior, a mesma desproporção se observando em relação a DEZ, com claros reflexos nos meses próximos. Tal fato, porém, não invalida o que foi dito no início: a maior parte dos peregrinos concentra-se entre maio e setembro.
O “quadro 02” revela que o número de estrangeiros trilhando o Caminho de Santiago supera o de espanhóis. Temos informações no sentido de que os espanhóis se sentem estimulados a fazer o Caminho justamente pelo valor que lhe dão as pessoas que deixam seus países para peregrinar pela Espanha. Observa-se, também, que a proporção se manteve estável de um ano para o outro.
O “quadro 03” revela o predomínio de alemães entre os estrangeiros. Em 2005, conforme estatística publicada no Boletim Ultreya (BU) de SET/2007, os alemães ficavam atrás dos italianos. Considerando que o aumento médio entre 2007 e 2008 foi de 9,75% (cf. quadro 01), o crescimento da nacionalidade alemã ficou acima da média, bem como o da austríaca (135,29%), irlandesa (40,83%) e holandesa (12,63%), enquanto a brasileira experimentou pequeno decréscimo, embora tenha havido aumento de 17,67% com relação a 2005.
O “quadro 04” demonstra o predomínio de mulheres no Caminho, em proporção que se manteve estável nos dois últimos anos. A surpresa, porém, ocorre quando analisamos essa distribuição em 2005 (BU SET/07), quando as mulheres representavam 40,70% dos peregrinos, e os homens 59,30%. Ou seja: ocorreu uma clara inversão em pouquíssimo espaço de tempo. O que explicaria isso?...
O “quadro 05” nos mostra que mais de 50% dos peregrinos possuem 36 anos ou mais, o que nos permite dizer que trilhar o Caminho de Santiago é, sobretudo, uma experiência da “maturidade”.
O “quadro 06” nos diz que a forma mais comum de se peregrinar é também a mais tradicional: quase 83% fazem a peregrinação a pé, tendência que se mantém relativamente estável desde 2005 (81,63%). Embora se tenha observado um salto na modalidade “cadeira de rodas”, mesmo aí há certa estabilidade quando tomamos um intervalo de tempo maior.
O “quadro 07” revela que, embora sejam numerosas as pessoas que trilham o Caminho por motivos declaradamente não-religiosos, cerca de 90% ainda atribuem à religião a exclusividade ou ao menos parte das razões que os lançaram rumo a Santiago.
O “quadro 08” é um dos que mais denotam o sentido do que chamamos de “tendência”, principalmente se o compararmos com os dados relativos ao ano de 2005. Naquele ano, 84,53% dos peregrinos percorriam o “Caminho Francês”; esse percentual foi de 80,57% em 2007 e 78,89% em 2008. A que se deveria isso? Pode-se cogitar de pelo menos três hipóteses, que podem ser consideradas em conjunto: a) observa-se certa “saturação” do Caminho Francês; b) peregrinos que já trilharam o Caminho Francês, ao buscar novamente a experiência de peregrinar, optam por uma rota diferente; c) maiores investimentos nas outras rotas (melhoria da infraestrutura de apoio ao peregrino), o que serve de atrativo para os peregrinos.
O “quadro 09” mantém conexão lógica com o “quadro 07”: se 90% das pessoas que percorrem o Caminho de Santiago reconhecem em si motivos religiosos, compreensível que haja uma busca maior dessa experiência nos chamados “anos santos” (v. matéria a respeito, neste boletim). No entanto, não deixa de ser impressionante o grau dessa variação. Mas o quadro traz uma série de outras informações interessantes. Vê-se, por exemplo, que até 1985, era praticamente inexpressivo o movimento peregrino no Caminho; a partir de 1986, ele entrou numa curva ascendente que, praticamente, permaneceu apontando para cima até nossos dias, de modo que desde 2006 ela se mantém acima de 100.000 peregrinos/ano. Mantida a tendência, não seria absurdo imaginar que, em 2009, próximo “ano santo” compostelano, o número de peregrinos possa superar o patamar de 200.000, impondo a todos os que trabalham para acolhê-los um desafio e tanto!"
Extraido do boletim ULTREYA! www.santiago.org.br

2010 - Ano Santo Compostelano









Um rito importantíssimo no desenvolvimento das peregrinações jacobeias foi a instauração do Ano Santo Compostelano. Este fato teve lugar em 1.112, por obra do papa Calixto II, e sua confirmação se realizou pelo papa Alessandro III, entre os anos de 1.179 e 1.181.
O Ano Santo é uma celebração em que, por disposição papal, outorga-se à catedral de Santiago de Compostela a graça do jubileu ou perdão de todos os pecados aos fieis que viajem a Santiago de Compostela, por qualquer meio de locomoção, rezem uma oração e recebam os sacramentos da confissão e comunhão durante qualquer período do ano em que o dia de Santiago caia no domingo.
Sua origem encontra-se no fato de a tradição assegurar que o descobrimento dos restos mortais de Santiago ter-se dado num domingo. O Ano Santo Compostelano é anterior ao Romano, estabelecido no ano de 1.300, e se inaugura com o ritual de abertura da Porta Santa, na tarde do dia 31 de dezembro do ano anterior e acaba com o ritual de cerramento da mesma na tarde do dia 31 de dezembro do Ano Santo. A Porta Santa permanecerá fechada até o Ano Santo seguinte. Este ritual também é anterior ao que tem lugar em Roma, que segue os mesmos passos estabelecidos em Compostela.
Por conta dos anos bissextos, a periodicidade de celebração do Ano Santo é irregular, formando, assim, ciclos de 28 anos, com quatro Anos Santos neste período de tempo. Como anedota, é preciso dizer que em 1885 e 1886 foram celebrados dois Anos Santos consecutivos, já que o primeiro teve caráter extraordinário por decisão do papa Leão XII, para celebrar a confirmação da autenticidade dos restos mortais do santo, reencontrados depois de permanecer 300 anos ocultos. Também durante todo o ano de 1938 se prorrogou o Ano Santo de 1937, por conseqüência da divisão da Espanha entre católicos e não-católicos, que se dava, a juízo da Igreja, durante a Guerra Civil.
(Do “Boletin Mundicamino no 40”.)
Retirado do Boletim Ultreya! da Associação dos Cnfrades e Amigos do Caminho de Santiago de Compostela www.santiago.org.br

segunda-feira, 9 de março de 2009

Descobrir o caminho de Santiago


A Associação Espaço Jacobeus promove, pelo terceiro ano consecutivo, o projecto «A Descoberta do Caminho Português de Santiago».
Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA pode ler-se que esta iniciativa apresenta uma “forma original e prática de poder efectuar a tradicional peregrinação jacobeia”. Ao ritmo de uma ou duas etapas por mês, os participantes percorrem os itinerários propostos até chegarem ao sepulcro do Santo Apóstolo Tiago Maior, em Compostela.
Depois de em 2007 a AEJ ter oferecido a possibilidade de descobrir o itinerário entre Braga e Compostela, e em 2008 o itinerário entre o Porto e Compostela, envolvendo uma centena de participantes, em 2009 a AEJ propõe a descoberta de três itinerários diferentes.
Do Porto a Compostela, passando por Barcelos e Ponte de Lima, cruzando o Rio Minho em Valença do Minho; de S. Pedro de Rates a Compostela, passando por Esposende e pelo Caminho da Costa, passar por Viana do Castelo e Caminha, seguindo depois para Valença do Minho e Compostela; e por último de Guimarães a Compostela, beneficiando da recente sinalização entre o berço de Portugal e a cidade dos Arcebispos, indo a Ponte de Lima e Valença do Minho, terminando em Compostela.
“Os três trajectos propostos têm Valença do Minho como ponto comum, mas os participantes nos três itinerários apenas se irão juntar na última etapa entre Padron e Santiago, nos dias 17 e 18 de Outubro”.
Este ano a “Descoberta” inicia-se neste mês de Março e termina em Outubro, sendo suspensa durante o Mês de Agosto.
Mais informações em Associação Espaço Jacobeus http://www.jacobeus.web.pt/

Associação Espaço Jacobeus
CAB - Centro Académico de Braga
Praça da Faculdade de Filosofia, 16
Endereço postal:
Apartado 3056
P - 4711-906 Braga - Portugal
Telefone: 931 602 448
E-mail: jacobeus@hotmail.com