Caminho de Santiago de Compostela - O Caminho Francês Original

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Guias grátis!!!








Já é possível conseguir boons guias sem sair de casa e, melhor, sem pagar nada por eles.





No seu Iphone você pode baixar dois aplicativos grátis disponíveis na Apple Store.

Neles você tem mapas, relação de pontos de interesse próximos a sua posição, história e diversas outras informações.

Não é perfeito, pois os mapas tem pouco detalhamento e podem melhorar... mas o fato de poder localizar qual o albergue mais próximo, obter endereços, informações gerais e fotos já é um conforto bem grande.

Isso sem contar que não precisa carregar um catatau pesado consigo.

Resta saber se a bateria do seu Iphone vai suportar tanto tempo de consulta sem tomar uma carga no meio do dia... talvez seja a desculpa que precisa para estender no vinho na hora do almoço.

Mesmo que tenha outros suportes acho que valem para apoio.


O guia da Eroski Consumer, chamado apenas de Caminho se Santiago, tem informaçes do caminhos francês, Aragonês, Primitivo, Vasco, Do Norte, da Plata, Sanabrês, Português e para Finisterra.

Cada capítulo é dividido por trechos onde tem a informação do itinerario, das dificuldades, observaçeões gerais, Fotos, albergues e sobre o que ver e fazer. O mapa é fraquinho e pequeno, mas tem o perfil altimétrico.

No entanto a informaço dos albergues é bem completa e ele permite localizar os locais no mapa on line.

Já o "Com el Camino" do BBVA é mais interativo pois inicia colocando-o no mapa... no entanto o nível das informações é menor.

No caso das rotas ele dispõe de mapa sobre o mapa on line para os caminhos Francês, Finisterra, Sudestes, Português, Inglês, Primitivo e do Norte. Mas todos em suas versões curtas, como no caso do francês em que para eles começa em Ponferrada e não na França.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Códice Calixtino roubado em Santiago de Compostela não tinha seguro

O Códice Calixtino, ou Codex Calixtinus, um livro do século XII de valor incalculável, desapareceu da Catedral de Santiago de Compostela, em Espanha. O manuscrito estava guardado numa caixa forte no arquivo da catedral e o seu desaparecimento apenas foi reportado esta terça-feira. Este crime já é considerado um dos mais graves cometidos contra o património histórico e artístico.

A polícia já está a investigar o caso e segundo informou Miguel Cortizo, delegado do governo na Galiza, não existem sinais de arrombamento da caixa forte onde se encontrava o valioso manuscrito, o mais antigo e completo dos livros da catedral, considerado a jóia da identidade galega. O “El País” avança que foram encontradas as chaves da caixa forte ainda colocadas quando se descobriu o desaparecimento do Códice, o que torna o caso ainda mais misterioso, tendo em conta que o acesso ao arquivo da catedral é restrito. Apenas cinco ou seis pessoas podem circular naquele espaço e apenas três, emtre elas o cónego José María Díaz tem acesso livre ao arquivo. Já foram todos interrogadas pelas autoridades e nenhum foi considerada suspeito.Uma das reproduções luxuosas do Código que são comercializadas

Aquele que é definido como o primeiro e mais célebre guia para peregrinos foi mostrado pela última vez há cerca de dois meses a elementos do Ministério da Cultura. Quando na terça-feira os responsáveis do arquivo não encontraram o Códice Calixtino, e como o cofre onde estava não apresentava sinais de arrombamento, não foi colocada de imediato a hipótese de roubo. Depois de o livro não ter sido localizado nem ter sido encontrada qualquer pista sobre o paradeiro, a polícia foi alertada.

“O melhor que pode acontecer é que o Códice esteja em mãos de alguém que conheça o seu valor incalculável porque assim temos a certeza que não o maltratará”, explicaram as autoridades ao “El País”, acrescentando que todos os meios estão a ser disponibilizados, estando também a Brigada Central do Património Histórico a ajudar à investigação.

Sem seguro

O cónego José María Díaz, revelou ao "El País" que o livro valioso, já apontado por muitos especialistas como o mais importante de Espanha, carece de um seguro próprio. O pároco explicou que existe um seguro geral para a Catedral mas não se sabe ainda se cobrirá o exemplar roubado. Até hoje, o Códice Calixtino apenas tinha saído do monumento, mas nunca de Santiago da Compostela, em duas ocasiões e apenas por poucos dias, para duas exposições, a última em 1993. Depois disto, a Catedral optou por expôr uma reprodução da obra, protegendo a original na caixa forte. José María Díaz contou que há uns anos o Códice foi solicitado para uma exposição fora da Galiza mas não viajou porque o seu seguro ascendia os mil milhões de pesetas.

Especialistas citados pelo “El Correo Gallego” consideram que a obra já se encontra fora de Espanha, podendo tratar-se de um roubo realizado por um grupo contratado por algum coleccionador ou traficante de objectos desde género. Neste sentido, Miguel Cortizo contou que já foram activados os protocolos europeus, de forma a controlar os mercados onde este tipo de obras podem ser comercializadas.

Carlos Villanueva, catedrático da Universidade de Santiago de Compostela e estudioso destas obras, afirmou que o livro tem um valor “imenso”, difícil de estabelecer caso a obra fosse leiloada. O académico considera que o livro é possivelmente o original (ou pelo menos o melhor dos exemplares) do Codex Calixtinus, o primeiro guia do Caminho de Santiago, que foi encomendado pelo Papa Calixto II ao sacerdote francês Aymeric Picaud.

O Códice Calixtino descreve pela primeira vez os detalhes de várias das rotas do Caminho, com informação sobre alojamento, zonas a visitar e património e objectos de arte que podem ser conhecidos. Um relato que, nove séculos depois, continua nos dias de hoje a ser citado e ainda serve de referência para alguns dos locais percorridos pelos peregrinos.

Elaborado entre 1125 e 1130 - depois manuscrito em 1160 - o texto ficou maior do que o inicialmente previsto, acabando por contar com participações dos principais escritores, teólogos, fabulistas, músicos e artistas da época, tendo que ser dividido em cinco livros e vários apêndices, entretanto reunidos, já no século passado, num único volume.

Quem viu viu, quem não viu...

Publicado em:
http://www.publico.pt/Cultura/roubado-codice-calixtino-da-catedral-de-santiago-de-compostela_1501836