Em S. Pedro de Rates, há, desde 2004, um "porto de abrigo" para quem vai a camin ho de Santiago de Com postela. Ali, pode-se descansar, tomar banho, cozinhar sem ter de dar nada em troca.
Chegam mais dois: mochilas de campismo às costas e um pau na mão, que auxilia a caminhada. Queixam-se do calor, mas estão felizes por ver cumprido o primeiro de dez dias de peregrinação, que terminará em Santiago de Compostela. O casal francês juntou-se aos quatro alemães já instalados no Albergue de Rates (Póvoa de Varzim), que, desde 2004, já acolheu mais de cinco mil peregrinos.
"Bem-vindos!", recebe-os à entrada Nuno Ribeiro, o responsável pela criação do albergue, que ajuda, de imediato, no transporte das mochilas.
Ali, no primeiro albergue gratuito de peregrinos aberto em Portugal, em pleno Centro Histórico de S. Pedro de Rates, numa antiga exploração agrícola, em 2007, integrada no Ecomuseu da freguesia poveira, é sempre assim, 365 dias por ano: portas abertas e sempre alguém a chegar.
São homens, mulheres e até crianças, que, na sua maioria a pé, percorrem o caminho central português, entre o Porto e Santiago de Compostela. No albergue, encontram o "porto de abrigo" para uma noite de descanso.
"Gostamos muito de andar e esta é, também, uma viagem espiritual", explica, ao JN, à chegada ao Albergue, Marylia Cabane, num português com sotaque brasileiro, que aprendeu quando estudou Arquitectura no Brasil. Ivan Tanasic, o marido, carpinteiro de 41 anos, pede-lhe que nos diga que já fez o caminho do Norte, da fronteira com a França até Santiago de Compostela, e "adorou". Por isso, este ano, o casal decidiu dedicar parte das férias a "uma viagem diferente".
A primeira etapa, explica Marylia, "correu muito bem". "O problema é o calor e o peso da mochila: 17 quilos às costas", continua a contar a peregrina de 34 anos, enquanto se prepara para carimbar a credencial, completando, assim, oficialmente, o primeiro dia.
Nuno mostra os quartos com beliches, com capacidade para 45 pessoas, as casas de banho e a cozinha, com fogão e frigorífico, onde podem preparar as refeições.
Em plena comunhão com a natureza, o espaço, do qual faz ainda parte um pátio interior, com tanques e estendais para a roupa, e uma antiga eira, recebe elogios.
O Albergue de Rates é gratuito. No seu interior, quase todo o mobiliário foi oferecido por peregrinos. À entrada, está uma caixa de donativos. A totalidade das obras de melhoramento do espaço foi feita com dinheiro deixado voluntariamente por quem lá passa. Quem chega fica uma noite e segue viagem. Não raras vezes, Nuno e Lurdes, a hospitaleira do albergue, ambos voluntários, organizam, à noite, a tradicional "queimada galega", uma forma, explica, "de quebrar o gelo" entre peregrinos de várias nacionalidades.
"A ideia, nos caminhos de Santiago, não é chegar o mais rápido possível, é desfrutar da paisagem - e, por isso, os caminhos seguem estradas secundárias - e da espiritualidade", conta Nuno, acrescentando que, por isso mesmo, a maior parte dos peregrinos que faz o caminho segue pelo prazer de uma viagem espiritual, interior e única.
Chegam mais dois: mochilas de campismo às costas e um pau na mão, que auxilia a caminhada. Queixam-se do calor, mas estão felizes por ver cumprido o primeiro de dez dias de peregrinação, que terminará em Santiago de Compostela. O casal francês juntou-se aos quatro alemães já instalados no Albergue de Rates (Póvoa de Varzim), que, desde 2004, já acolheu mais de cinco mil peregrinos.
"Bem-vindos!", recebe-os à entrada Nuno Ribeiro, o responsável pela criação do albergue, que ajuda, de imediato, no transporte das mochilas.
Ali, no primeiro albergue gratuito de peregrinos aberto em Portugal, em pleno Centro Histórico de S. Pedro de Rates, numa antiga exploração agrícola, em 2007, integrada no Ecomuseu da freguesia poveira, é sempre assim, 365 dias por ano: portas abertas e sempre alguém a chegar.
São homens, mulheres e até crianças, que, na sua maioria a pé, percorrem o caminho central português, entre o Porto e Santiago de Compostela. No albergue, encontram o "porto de abrigo" para uma noite de descanso.
"Gostamos muito de andar e esta é, também, uma viagem espiritual", explica, ao JN, à chegada ao Albergue, Marylia Cabane, num português com sotaque brasileiro, que aprendeu quando estudou Arquitectura no Brasil. Ivan Tanasic, o marido, carpinteiro de 41 anos, pede-lhe que nos diga que já fez o caminho do Norte, da fronteira com a França até Santiago de Compostela, e "adorou". Por isso, este ano, o casal decidiu dedicar parte das férias a "uma viagem diferente".
A primeira etapa, explica Marylia, "correu muito bem". "O problema é o calor e o peso da mochila: 17 quilos às costas", continua a contar a peregrina de 34 anos, enquanto se prepara para carimbar a credencial, completando, assim, oficialmente, o primeiro dia.
Nuno mostra os quartos com beliches, com capacidade para 45 pessoas, as casas de banho e a cozinha, com fogão e frigorífico, onde podem preparar as refeições.
Em plena comunhão com a natureza, o espaço, do qual faz ainda parte um pátio interior, com tanques e estendais para a roupa, e uma antiga eira, recebe elogios.
O Albergue de Rates é gratuito. No seu interior, quase todo o mobiliário foi oferecido por peregrinos. À entrada, está uma caixa de donativos. A totalidade das obras de melhoramento do espaço foi feita com dinheiro deixado voluntariamente por quem lá passa. Quem chega fica uma noite e segue viagem. Não raras vezes, Nuno e Lurdes, a hospitaleira do albergue, ambos voluntários, organizam, à noite, a tradicional "queimada galega", uma forma, explica, "de quebrar o gelo" entre peregrinos de várias nacionalidades.
"A ideia, nos caminhos de Santiago, não é chegar o mais rápido possível, é desfrutar da paisagem - e, por isso, os caminhos seguem estradas secundárias - e da espiritualidade", conta Nuno, acrescentando que, por isso mesmo, a maior parte dos peregrinos que faz o caminho segue pelo prazer de uma viagem espiritual, interior e única.
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