O cronograma ideal está pronto, conforme se vê abaixo. Faltam alguns ajustes e o resto vai ao acaso, para não tirar a graça da aventura e tampouco engessar demais nosso ritmo. Algumas alterações sempre serão necessárias, mas como se trata de ano santo é bom não dar muita margem de erro.
Este mês vamos atras de todas as hospedagens, credenciais, rotas e guias necessários.
Fevereiro é mês morto por conta do carnaval, mas vai ser a hora de revisar o equipamento e comprar o que falta.
Março é mês de checar o que está faltando e repassar o todo.
Tem tempo, mas vai voar...
Não vejo a hora de botar o pé na estrada! Rumo à Santiago no ano Jacobeu!
Rubens,
ResponderExcluirBoa tarde.
Procurei informação pela internet, mas achei muito pouca, a respeito de qual bicicleta usar no caminho de Santiago.
Planejo fazer a compra de uma bicileta já pensando neste caminho.
Att,
Olá Tiago,
ResponderExcluirA bicicleta, de regra geral, deve ser uma mountain bike, de alumínio (ou carbono, se puder), com suspensão dianteira apenas e alforjes na traseira.
Mas isso depende do que você pretende fazer exatamente.
Veja bem: Eu uso a mountain de quadro rígido, apenas com suspensão dianteira pois uso os alforjes bem carregados atrás, então uma bike full não me serve. Pois elas suportam apenas 10 quilos de carga nos bagageiros de canote. Mas para quem for despachar a bagagem ou viajar com carro de apoio você pode ir com uma full, pois não levará alforjes. Alforjes dianteiros ou carretinhas não são necessários, pois há tudo que se precise durante o caminho então não precisamos levar muita comida, roupas nem barraca.
Se você optar ir pelo asfalto pode usar uma bike mountain com pneus mistos ou lisos, isso melhora o desempenho, mas adianto que a viagem por asfalto é bem sem graça, ainda que a maioria dos ciclistas opte por este caminho por ser bem mais fácil, principalmente nas subidas. É bastante comum ver europeus de speed, lotados de alforjes e carretinha, mas eles percorrem distâncias muito grandes toda pelo asfalto. Para quem vai fazer só o caminho isso não tem graça.
O caminho é composto de trilhas, estradinhas e um pouco de asfalto. Temos trechos com buracos, pedras e outros bem lisos, por isso uma mountain com pneus de trilha é a melhor opção.
Quanto ao quadro e componentes vai depender de seu poder aquisitivo. Quanto mais leve e melhor o conjunto mais conforto na pedalada e, principalmente mais facilidade no transporte aéreo. Componentes devem ser no mínimo shimano ou superior, são mais leves e te dão segurança. Quadros de ferro, cromo ou de ligas de alumínio muito pesadas vão te dar dor de cabeça nas subidas muito íngremes e, principalmente, no aeroporto, onde a bike mata parte de sua franquia de bagagem.
Quanto aos alforjes, eu prefiro os mais simples, de compartimento único ou com um ou dois bolsos apenas. Uso os da Ferrino que são muito leves e fáceis de encaixar e tirar. Existem alguns absurdamente complexos, com tiras, fitas, fechos... fuja deles! São 15 dias tirando e colocando os alforjes na bike, cansado... não pode ser mais uma aventura. O meu sonho de consumo é o da Ortlieb, mas só se acha na Europa e não é barato, mas ele é um único compartimento, 100% estanque e com um engate rápido e seguro no bagageiro. Os da Deuter são uma boa opção também, pois tem o engate rápido, são de muita qualidade e tem boas capas de chuva.
Não encha a bike de acessórios que vão demandar um tempo para montar, desmontar, mais peso pra carregar, mais coisa pra cuidar. Deixe a magrela o mais pelada possível. Mas é bom ter: campainha, para alertar peregrinos da sua chegada, odometro ou GPS para marcar seu desenvolvimento, uma lanterna que será usada a noite nos albergues.
Espero ter ajudado.
Abraço e bom caminho!
Rubens Bürgel