Além da fé - que pode ser no santo, nos poderes ‘mágicos'' do trajeto ou em si mesmo - e de um espírito armado de disposição e muita boa vontade para andar dezenas de quilômetros diariamente, algumas instruções devem ser seguidas rigorosamente a fim de evitar imprevistos no decorrer do percurso. A preparação, física e psicológica, deve começar ainda no Brasil, de preferência testando os próprios limites em uma caminhada mais curta, como o Caminho do Sol.
Na hora de arrumar a mala, também é preciso muita atenção. O ideal é que a bagagem pese o equivalente a 10% do peso corpóreo de quem irá carregá-la. Por isso, esqueça os cosméticos, secador de cabelo, acessórios, diversos pares de sapato e por aí afora. Lembre-se de que muitos apetrechos aparentemente imprescindíveis tornam-se perfeitamente dispensáveis quando se tem de transportá-los nas costas por centenas de quilômetros.
O arquiteto Ricardo Lopez Santos sentiu esta ‘mudança de valores'' na pele: "Comecei o caminho com 11,5 quilos na mochila e terminei com pouco mais de 4 kg. Descobri que, na vida, a gente carrega muita coisa nas costas sem necessidade".
Os detalhes começam no próprio modelo de mochila escolhido, que deve ter correias grossas na cintura e nos ombros, além de prendedor no peito para que o peso não sobrecarregue a parte de cima da coluna. Também é aconselhável que ela apresente bolsos laterais e possa ser aberta por baixo, a fim de que não se tenha de tirar tudo da mochila para pegar algo que esteja no fundo.
Dentro da bagagem, não esqueça de reservar espaço para um saco de dormir que seja leve e capaz de proteger contra o frio, de até 4ºC negativos no inverno.
No verão, bermudas leves e fáceis de secar são imprenscindíveis. "Muitas pessoas sofrem de insolação por estarem com roupas inadequadas, como calça jeans, que é quente e pesada", observa a consultora de viagens para Santiago de Compostela Katia Esteves.
As roupas e demais objetos devem ser levados dentro de sacos plásticos para não molharem em momentos de chuva. E o calçado deve ser o mais confortável possível, sendo recomendados tênis ou botas de trekking, que suavizam o impacto com o chão diminuindo o risco de bolhas, torções, tendinites ou cansaço na planta dos pés. Outra dica: amacie-os antes de viajar e use sempre meias sem costuras.
Cantil de água, lanterna de bolso, caderno para anotar as vivências, cajado para apoio e defesa, chapéu de aba larga, kit de primeiros socorros e algum pequeno objeto cortante (como canivete ou tesoura) também não devem ficar de fora da mochila, conforme recomendações da Acacs (Associação de Confrades e Amigos do Caminho de Santiago de Compostela).
Comida boa e barataJá que a passagem pelo Pórtico da Glória garante a redenção das faltas, aproveite para cometer todos os pecados da gula pelo caminho. Dezenas de estabelecimentos espalhados pelos povoados, desde quitandas até restaurantes de luxo, oferecem refeições completas a preços pra lá de convidativos.
A região da Galícia é grande produtora de carne, cereais e vinho, e os pratos à base de frutos do mar fazem o maior sucesso por lá. Com nove euros (cerca de R$ 20), é possível beliscar tapas, provar uma das especialidades do cardápio e ainda tomar uma taça de vinho espanhol.
Vários locais também oferecem o chamado menu peregrino, com preços promocionais para quem apresenta a credencial. E o espírito de solidariedade que envolve o caminho também leva muitos habitantes dos pueblos a manter a tradição de séculos em cuidado aos peregrinos oferecendo comida e bebida gratuitamente aos mais necessitados.
Na hora de arrumar a mala, também é preciso muita atenção. O ideal é que a bagagem pese o equivalente a 10% do peso corpóreo de quem irá carregá-la. Por isso, esqueça os cosméticos, secador de cabelo, acessórios, diversos pares de sapato e por aí afora. Lembre-se de que muitos apetrechos aparentemente imprescindíveis tornam-se perfeitamente dispensáveis quando se tem de transportá-los nas costas por centenas de quilômetros.
O arquiteto Ricardo Lopez Santos sentiu esta ‘mudança de valores'' na pele: "Comecei o caminho com 11,5 quilos na mochila e terminei com pouco mais de 4 kg. Descobri que, na vida, a gente carrega muita coisa nas costas sem necessidade".
Os detalhes começam no próprio modelo de mochila escolhido, que deve ter correias grossas na cintura e nos ombros, além de prendedor no peito para que o peso não sobrecarregue a parte de cima da coluna. Também é aconselhável que ela apresente bolsos laterais e possa ser aberta por baixo, a fim de que não se tenha de tirar tudo da mochila para pegar algo que esteja no fundo.
Dentro da bagagem, não esqueça de reservar espaço para um saco de dormir que seja leve e capaz de proteger contra o frio, de até 4ºC negativos no inverno.
No verão, bermudas leves e fáceis de secar são imprenscindíveis. "Muitas pessoas sofrem de insolação por estarem com roupas inadequadas, como calça jeans, que é quente e pesada", observa a consultora de viagens para Santiago de Compostela Katia Esteves.
As roupas e demais objetos devem ser levados dentro de sacos plásticos para não molharem em momentos de chuva. E o calçado deve ser o mais confortável possível, sendo recomendados tênis ou botas de trekking, que suavizam o impacto com o chão diminuindo o risco de bolhas, torções, tendinites ou cansaço na planta dos pés. Outra dica: amacie-os antes de viajar e use sempre meias sem costuras.
Cantil de água, lanterna de bolso, caderno para anotar as vivências, cajado para apoio e defesa, chapéu de aba larga, kit de primeiros socorros e algum pequeno objeto cortante (como canivete ou tesoura) também não devem ficar de fora da mochila, conforme recomendações da Acacs (Associação de Confrades e Amigos do Caminho de Santiago de Compostela).
Comida boa e barataJá que a passagem pelo Pórtico da Glória garante a redenção das faltas, aproveite para cometer todos os pecados da gula pelo caminho. Dezenas de estabelecimentos espalhados pelos povoados, desde quitandas até restaurantes de luxo, oferecem refeições completas a preços pra lá de convidativos.
A região da Galícia é grande produtora de carne, cereais e vinho, e os pratos à base de frutos do mar fazem o maior sucesso por lá. Com nove euros (cerca de R$ 20), é possível beliscar tapas, provar uma das especialidades do cardápio e ainda tomar uma taça de vinho espanhol.
Vários locais também oferecem o chamado menu peregrino, com preços promocionais para quem apresenta a credencial. E o espírito de solidariedade que envolve o caminho também leva muitos habitantes dos pueblos a manter a tradição de séculos em cuidado aos peregrinos oferecendo comida e bebida gratuitamente aos mais necessitados.
Extraído de Diário do Grande ABC em:http://www.dgabc.com.br/News/5822335/fe-na-bagagem-e-vaidade-em-casa.aspx
por: Heloísa Cestari
Nenhum comentário:
Postar um comentário