Faltam apenas 10 dias para embarcarmos... chegou a hora de começar a organizar a bagagem, ver se falta comprar algo, cerzir as meias, pregar botões, comprar a escova de dentes, lavar a bicicleta, enfim, temos poucos dias para
otimizar a bagagem ao máximo. São importantes estes preparativos haja vista que tudo que levarmos terá de ser suportado por nossas próprias pernas, o que faz com que qualquer exagero possa se tornar um suplício durante o caminho. Por outro lado também não dá para passar 20 dias com a mesma camiseta e com a mesma
bermuda... temos de aliar conforto com
praticidade, por isso a roupa e os
acessórios devem ser simples, fáceis de lavar, de secagem rápida, leves e compactos. Ou seja, muito "
Dry Fit" e "Nylon".
Além da dificuldade de carregar toda a bagagem num alforje reduzido temos a dificuldade de levar toda a bagagem até o ponto de partida, em San Jean de Pied de Port. Para chegar lá tomaremos 3 aviões distintos e alguns táxis. Ou seja, qualquer excesso será dificilmente acomodado, por isso precisamos otimizar nossa bagagem que vai desde roupas e objetos de higiene pessoal, até saco de dormir, alforjes e a própria bicicleta.
Para nossa sorte o tempo nos Pirineus está melhorando e a primavera está começando a esquentar o planalto espanhol, o que quer dizer que não teremos tanto frio quanto o que os peregrinos de maio enfrentaram, com isso muito menos bagagem será necessária. De toda forma comprei mais uma jaqueta esta semana, só pra prevenir.
Como podem ver a bagagem que tenho que transportar, incluíndo a bicicleta, é grande e o espaço que tenho nos alforjes, para carregar as coisas que vou usar na peregrinação, é bem reduzido. Vai ser um aprendizado de desprendimento. Quero ver como vou carregar os livros, postais, presentes e lembranças que comprar pelo caminho.
ROTA DO NOVO MILÊNIO
A família Brito (Sérgio José de Brito, Sérgio José de Brito Filho e Ana Maria de Brito Gouveia) editou o livro "O CAMINHO DE SANTIAGO DE COMPOSTELA - ROTA DO NOVO MILÊNIO". O livro é bem escrito, traz algumas observações sobre locais e curiosidades, embora não pretenda ser e nem sirva como guia de viagem. Traz também muitas fotos dos autores que ilustram bem a descrição do caminho percorrido pela família em 1999.
Vale pelo relato detalhado de suas emoções, dificuldades com o cansaço físico e emocional e o relacionamento com outros peregrinos e hospedeiros. A linha narrativa segue o estilo de diário, contando pormenorizadamente o que ocorreu dia a dia com cada um dos três integrantes da aventura. No entanto, por não contar mais informações objetivas, não é indispensável para quem vai fazer a mesma trilha.
O destaque vai para o patriarca, que, contando com quase 80 anos, percorreu todo o caminho e ainda escreveu um livro para contar como foi. Parabéns. Espero ter esta mesma vitalidade quando chegar nos meus 70 anos.