Caminho de Santiago de Compostela - O Caminho Francês Original

segunda-feira, 16 de março de 2009

2010 - Ano Santo Compostelano









Um rito importantíssimo no desenvolvimento das peregrinações jacobeias foi a instauração do Ano Santo Compostelano. Este fato teve lugar em 1.112, por obra do papa Calixto II, e sua confirmação se realizou pelo papa Alessandro III, entre os anos de 1.179 e 1.181.
O Ano Santo é uma celebração em que, por disposição papal, outorga-se à catedral de Santiago de Compostela a graça do jubileu ou perdão de todos os pecados aos fieis que viajem a Santiago de Compostela, por qualquer meio de locomoção, rezem uma oração e recebam os sacramentos da confissão e comunhão durante qualquer período do ano em que o dia de Santiago caia no domingo.
Sua origem encontra-se no fato de a tradição assegurar que o descobrimento dos restos mortais de Santiago ter-se dado num domingo. O Ano Santo Compostelano é anterior ao Romano, estabelecido no ano de 1.300, e se inaugura com o ritual de abertura da Porta Santa, na tarde do dia 31 de dezembro do ano anterior e acaba com o ritual de cerramento da mesma na tarde do dia 31 de dezembro do Ano Santo. A Porta Santa permanecerá fechada até o Ano Santo seguinte. Este ritual também é anterior ao que tem lugar em Roma, que segue os mesmos passos estabelecidos em Compostela.
Por conta dos anos bissextos, a periodicidade de celebração do Ano Santo é irregular, formando, assim, ciclos de 28 anos, com quatro Anos Santos neste período de tempo. Como anedota, é preciso dizer que em 1885 e 1886 foram celebrados dois Anos Santos consecutivos, já que o primeiro teve caráter extraordinário por decisão do papa Leão XII, para celebrar a confirmação da autenticidade dos restos mortais do santo, reencontrados depois de permanecer 300 anos ocultos. Também durante todo o ano de 1938 se prorrogou o Ano Santo de 1937, por conseqüência da divisão da Espanha entre católicos e não-católicos, que se dava, a juízo da Igreja, durante a Guerra Civil.
(Do “Boletin Mundicamino no 40”.)
Retirado do Boletim Ultreya! da Associação dos Cnfrades e Amigos do Caminho de Santiago de Compostela www.santiago.org.br

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