Caminho de Santiago de Compostela - O Caminho Francês Original

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Reciclando as peregrinações

Sobrou uma mochila?? Esta faltando uma botina??
Que tal trocar a bicicleta?? Ou comprar um óculos de sol novo??
Tudo isso e muito mais você pode fazer no garage sale da Refinaria Promocional.


O Garage Sale é um Projeto de ação solidária sem fins lucrativos, promovido pelos colaboradores da Refinaria Promocional + PromoOnline e Era só o q FLTV. Esta é a 5a. edição do projeto que já vem sendo realizado há três anos.
O evento aceita apoiadores que contribuem com mão de obra, brindes, prêmios e boa vontade na divulgação e promoção. Nesta edição o Garage Sale acontece no barraco da Refinaria e no Era só o q FLTV. A entrada no barraco é um quilo de alimento não perecível, exceto sal.
Aberto das 8h as 20hs, o local oferece álcool gel e máscaras que dão direito a entrar no Baile de Máscaras até as 21hs. Lá você encontrará produtos novos e usados de todos e quaisquer tipos, que são vendidos, permutados, doados por conta e risco de cada responsável. Se você tem algo que queira se desfazer, em quantidade pequena, leve pro barraco. Se couber entra, se não, vai pra tenda externa.
No Era só acontece o Garage Kids, das 14hs as 18hs, com workshop do artista João do Lixo. O foco são as crianças, mas adulto também entra. O ingresso é uma lata de leite em pó. Se puder, leve um ou mais livros para trocar no ’sebinho’ que o pessoal da Bisbilhoteca vai promover. A noite tem o Baile de Máscaras, festa de encerramento do GarageSale e bota fora da gripe suína, no Era só o q FLTV. A entrada, com máscara, é livre até as 21hs. A festa começa cedo. Teremos o DJ H1N1 animando o espaço e artistas do grupo 10Enhistas customizando máscaras com muito bom humor. Importe-se participando e saia dessa mesmice. Quem faz faz.
Quem deseja participar do evento, que ficará aberto das 8 às 20 horas, pode pedir informações pelo mailto:garage@refinariapromo.com.br%20, pelo Blog do evento ou pelo telefone (41) 3343-5113. O endereço da Garage Sale é Rua Guido Straub, 52 - Vila Izabel - Curitiba-PR.

Mais do que reciclar seus produtos, recicle suas idéias!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Volto Já!

O Alemão Hape Kerkeling fez o Caminho Francês em 2001 e relata sua viagem aqui neste livro. É um dos relatos de peregrinos mais extensos dentre os que li recentemente, mais de 350 páginas, mas é fácil de ler (Entanda-se: Não dói) pois ele é um dos poucos que sabe escrever, o que faz o livro ficar interessante e leve.
Quem já leu relatos sabe que tem alguns de 50 páginas que parecem 500...Ruins que dói. Mas eu sou meio Poliana e gosto de ver o lado bom de todos eles, pois afinal não é porque alguém não sabe se expressar que não tem o que dizer. Tem muito redator ótimo que não tam absolutamente nada pra contar... tão triste. Fazem ensaios sobre o nada, pois não fazem nada. Enfim...
O relato é aquilo de sempre... cansaço, umas tapeadas (Caronas,ônibus, etc), pessoas que conhece, igrejas que visita, impressões sobre o que vê e a esperada mudança espiritual. Mas é legal. Pode ler que vale o investimento e inspira o desejo de conhecer o Caminho.
Aliás, Hape diz em determinado momento, com as palavras dele, bem melhores que as minhas: Só entende esta sensação toda (Que motiva mudanças e faz tanta gente virar escritor) quem esteve lá. Não é o lugar que é importante, este pode ser até sem graça comparado a outros, é o conjunto da peregrinação. Assim, se você quer fazer algo legal que vai render muitas histórias por muito tempo, pegue seu alforje e vá fazer o Caminho de Santiago!
Curiosa é a menção pejorativa que ele faz das brasileiras, logo ele que nem gosta de mulher...

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Se for gato, que salte do prato!

Uma das expressões divertidas usadas na Europa e América Latina é "comer gato por lebre". Significa ser enganado, receber algo de qualidade inferior ao esperado. Na França, diz-se chat pour lièvre. É sentença velha e calejada. No passado, apesar da repugnância que nos provoca atualmente, muitas pessoas a tomavam ao pé da letra. Em um dos capítulos da Antologia da Alimentação no Brasil (Global Editora, São Paulo, 2005), Luís da Câmara Cascudo, mestre do folclore e etnografia nacionais, citou uma máxima assemelhada repetida há séculos na Península Ibérica: "Em caminho de francês, vendem o gato pela rês." Trocando em miúdos: antigamente, o felino era dado de comer, como se fosse boi, porco ou cabrito, aos peregrinos da rota que atravessa o norte da Espanha a partir da fronteira com a França e tem como destino a catedral de Santiago de Compostela, na região da Galícia. A fim de atender à clientela imprevisível, as tabernas se viravam como podiam. Na falta de boi, porco ou cabrito, vez por outra cozinhavam o simpático animal doméstico, camuflando sua identidade. Em meados do século 15, Ruperto de Nola, cozinheiro de Fernando I, o Velho, rei de Nápoles, e autor da mais antiga obra de cozinha catalã, o Lybre de Doctrina pera ben Servir: de Tallar: y del Art de Coch, ensinou a receita de como fazer um gato passar por lebre.
Afortunadamente, entre nós o felino nunca alcançou status de iguaria ou quitute regular. Segundo Câmara Cascudo, sempre o saborearam "por estúrdia, divertimento, curiosidade". E, naturalmente, por malandragem. Antigos moradores do Rio de Janeiro recordam dos vendedores de espetinhos assados que até a metade do século 20 se multiplicavam nas esquinas da cidade quando se aproximava o carnaval. A clientela os comprava como se fossem de boi. Entretanto, eram de gato, ou seja, de resto da folia. Na época, fazia-se tamborim com o couro do felino. A carne que sobrava virava churrasquinho. O jurista fluminense Antão de Vasconcellos, no livro Memórias do Mata-Carochas (Companhia Portuguesa Editora, Porto, 1926), conta as peripécias de um grupo boêmio da Universidade de Coimbra, em Portugal, onde ele se formou no século 19, conhecido por "gaticidas". Eram rapazes de boas famílias que caçavam felinos em intervalos de cinco, seis dias para assar no forno. Comiam a iguaria em farras noturnas, embaladas pelo vinho da Bairrada. Vasconcellos descreve as complicadas táticas aplicadas na captura. Preferia-se o gato preto, considerado "mais saboroso". Rejeitava-se o vermelho, o amarelo e o branco. "A pele era atirada à porta do dono, para não perder tudo, visto que dela se faziam magníficos barretes para o inverno", conta.
Estudantes boêmios de universidades brasileiras imitaram os portugueses. O médico Mário Lúcio Alves Baptista, de Belo Horizonte, que na década de 60 cursou a Faculdade Federal de Medicina do Triângulo Mineiro, em Uberaba, testemunhou a praxe entre universitários do tempo. Os colegas de escola e os alunos vizinhos de odontologia e direito comiam gato nas noitadas de farra. Em Uberaba, o felino que se atrevesse a entrar no quintal da República dos Bacantes, por exemplo, era imediatamente perseguido. Alves Baptista aceitou o convite para participar de um desses festins. Mas, quando viu a cabeça de gato na assadeira, não teve coragem de experimentar "o acepipe".
Os "gaticidas" de Coimbra e Uberaba julgavam inadequado cozinhar o animal em água, pois eliminaria o seu característico sabor de caça. Em outros lugares, o método variava. A voz do povo ibérico garantia que os taverneiros do "caminho de francês" pensavam diferente. Faziam-no frito, ensopado, guisado ou refogado, à base de uma bebida alcoólica ou não, temperado com alho, cebola, açafrão, azeite e vinagre. No século 19, o escritor e folclorista catalão Vicente Joaquín Bastús y Carrera, em um dos três volumes do livro La Sabiduría de las Naciones o Los Evangelios Abreviados (Livraria de Salvador Manero, Barcelona, 1862-1867), aconselhou um esconjuro para proteger o peregrino da fraude. Diante do prato que chegava à mesa, ele devia recitar o verso: Si eres cabrito,/ manténe frito;/ si eres gato,/ salta del plato. Diz a lenda que a magia funcionava. Se a carne fosse de gato, o animal ressuscitava e saía disparado.

Em quinta-feira, 20 de agosto de 2009

por Dias Lopes, jadiaslopes@terra.com.br, http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos+paladar,se-for-gato-que-salte-do-prato,3203,0.shtm

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

TAP oferece as melhores opções para o Caminho de Santiago de Compostela

São Paulo - 2010 será o “Ano Santo Jubilar”, que se celebra cada vez que 25 de julho, dia do apóstolo Santiago, coincide com o domingo. Nestes anos os peregrinos podem conseguir o jubileu.
Pela Igreja Católica, a graça do júbilo consiste na absolvição de todos os pecados. O primeiro Ano Jubilar foi estabelecido pelo Papa Calixto II em 1.122 e confirmado pelo Papa Alexandre III através da bula Regis Aeterna, em 1.179. Nos anos santos, a Porta Santa da Catedral fica aberta o ano todo, e é por onde devem entrar os viajantes procedentes do Caminho de Santiago.
A TAP em parceria com Projeto Momento Único, coordenado por Kátia Esteves, apoia os peregrinos a percorrer o Caminho Português. O projeto dissemina os atrativos do caminho, através de momentos de fé na peregrinação, a boa gastronomia lusitana, as paisagens naturais, a ausência de barreiras do idioma e a acolhida dos portugueses.
O Caminho Português na Galícia utiliza trilhas que atravessam bosques, lavouras, aldeias, vilas e cidades históricas. Caminho enobrecido pela presença de capelas, igrejas, conventos, dentre outras belezas artísticas ao longo dessa rota.
A acolhida aos romeiros e o silêncio são uma das características mais marcantes do Caminho Português, a hospitalidade das pessoas é notória.
Atualmente a TAP opera vôos que alcançam todas as saídas para o Caminho de Santiago de Compostela, partindo diariamente de 8 capitais brasileiras: Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Natal, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. E oferece ótimas tarifas para a cidade do Porto.
Os viajantes que desembarcarem na cidade do Porto recebem o transporte rodoviário gratuito para as para as cidades na Galícia: Tuy, Porrino, Vigo, Pontevedra, Caldas de Reys, Santiago de Compostela, Ribavadia e Orense.
Para obter mais informações e/ou adquirir as passagens, os peregrinos podem acessar o site www.flytap.com e www.momentounico.com.
Mais sobre a TAP:
A TAP é atualmente a companhia aérea com as melhores ligações entre o Brasil e a Europa, partindo de oito capitais brasileiras: Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Natal, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo para Lisboa. A Companhia cobre atualmente 59 destinos em 26 países a nível mundial. Operando em média mais de 1.850 vôos por semana, a TAP dispõe de uma moderna frota de 54 aviões Airbus, aos quais acrescem mais 16 aviões ao serviço da PGA, adquirida em 2007, totalizando assim uma frota global de 70 aeronaves.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Correndo da França a Portugal

De França a Portugal em corrida por uma boa causa
Paulo da Mota pretende criar uma entidade no local onde vive para ajudar pessoas com deficiência. É português, vive e trabalha em França e tem um menino com trissomia 21. Na localidade onde vive, Romilly Sur Seine, não existe uma instituição que ajude pessoas com deficiência. Por essa razão, Paulo da Mota começou em meados de Julho uma missão para angariar fundos para a criação de uma entidade para ajudar deficientes motores e mentais.
«Um grande acto de solidariedade. Decidiu correr e vender os quilómetros para angariar fundos para a instituição», contou ao tvi24.pt , Fernando Mota, irmão de Paulo. Os quilómetros venderam-se todos antes da travessia, através da ajuda de amigos, familiares e conhecidos. «Cada quilómetro foi vendido a dez euros», contou. De França a Santiago de Compostela e de Santiago de Compostela a Portugal. Paulo da Mota «corre todos os dias uma média de 70 quilómetros», acrescentou o irmão. E não está sozinho, pois faz-se acompanhar de um amigo que faz o trajecto de bicicleta e de uma carrinha.
A chegada a Portugal acontece esta sexta-feira. A primeira paragem é Braga, seguindo-se Fafe, onde «alunos de Educação Física da Escola Superior de Educação se vão juntar para ajudar na corrida», revelou Fernando Mota. De Fafe, Paulo da Mota parte para mais uma corrida de cerca de oito quilómetros até São Martinho de Rego, localidade onde residem os seus pais e onde termina a iniciativa este sábado.
«Houve pessoas que se uniram para ajudar financeiramente e instituições que se ofereceram para ajudar com serviços», contou Fernando Mota, que salientou a divulgação da iniciativa nos órgãos de comunicação social franceses e portugueses.